Contratações do FCO sobem 97% e batem recorde este ano
De janeiro a maio, foram R$ 892,3 milhões contratados, a maior parte voltada para o agronegócio
Publicado em: 16/06/2018 às 10h10Com volume recorde, Mato Grosso do Sul contratou R$ 892,3 milhões em recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), de janeiro a maio deste ano. De acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Banco do Brasil, as contratações da linha de crédito feitas por MS no mesmo período de 2017 somavam R$ 372,3 milhões, o que representa um aumento de 97,6% de um ano para o outro.
O levantamento destaca ainda que em 2016 foram R$ 210,1 milhões contratados e em 2015, R$ 522,8 milhões.
Neste ano, o programa conta com R$ 2,2 bilhões para apoiar o desenvolvimento econômico e social do Estado, para financiamento aos setores mineral, industrial, agropecuário, agroindustrial, turístico, comercial e de serviços.
De acordo com Elvis Rodrigo Sitta, gerente de negócios do Banco do Brasil, dos R$ 892,3 milhões já contratados, R$ 657 milhões foram para o setor do agronegócio e R$ 235,3 milhões para o segmento empresarial.
Sitta acredita que os produtores rurais estão mais confiantes com a recuperação e o crescimento do setor, o que explica o aumento de contratações. “Estão buscando cada vez mais o emprego de tecnologia e ciência para o aumento da produtividade. No tocante ao segmento empresarial, permanece busca acentuada por maior eficiência na gestão, com destaque para investimentos em projetos de energia solar, que vêm permitindo redução de despesas para essas empresas”, avalia.
No Estado, a Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) é a responsável pela administração do fundo de incentivo ao desenvolvimento. Para o secretário da Semagro e presidente do Conselho Estadual de Investimentos Financiáveis do FCO, Jaime Verruck, o resultado advém do trabalho de divulgação feito em conjunto pelas instituições envolvidas, aliado à atuação para que a linha de crédito beneficie o máximo de pessoas.
“Entendemos que esse resultado é baseado na antecipação de projetos no segmento rural, antecedendo a mudança na cobrança dos juros. Mas, mesmo com os empecilhos deste ano, o empresarial apresenta bons resultados para o período, o que eleva as expectativas para alcançar 100% da contratação dos recursos disponíveis”, afirma o secretário.
O superintendente do Banco do Brasil em Mato Grosso do Sul, Glaucio Zanettin, afirma que os números são resultados de “sequentes investimentos na melhoria e racionalização dos processos, inclusive com uso de inteligência cognitiva para qualificação da originação dos projetos e consultoria aos nossos clientes em toda Rede”.
“Foram criados 154 novos postos de trabalho voltados para isso e dada continuidade no atendimento com ênfase para a transformação e implantação de unidades especializadas em atendimento ao agronegócio e pessoas jurídicas”, afirma Zanettin.
ITENS
De acordo com a Semagro, os cinco primeiros meses do ano, os itens mais financiados foram máquinas e equipamentos, armazenamento, correção de solo e ações para integração lavoura-pecuária-floresta.
O secretário Verruck destaca ainda que os recursos têm sido usados em segmentos essenciais da economia estadual, como o deficit na armazenagem e as correções de solo. “Os produtores perceberam as necessidades e estão usando a linha de crédito para isso”, finaliza.