Luiza Trajano da MAGALU pede a Galípolo: “Por Favor, Não Anuncie Aumento dos Juros” - Caarapó Online

CAARAPÓ - MS, sábado, 15 de março de 2025


Luiza Trajano da MAGALU pede a Galípolo: “Por Favor, Não Anuncie Aumento dos Juros”

Luiza Trajano Implora a Galípolo: “Por Favor, Não Anuncie Aumento dos Juros”

Publicado em: 16/02/2025 às 06h59

Agora Notícias

Na sexta-feira (14.02), durante um evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a presidente do conselho do Magazine Luiza, Luiza Trajano, fez um apelo ao presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, para que não anuncie novos aumentos da taxa de juros. A empresária ressaltou, em tom de brincadeira, que tais anúncios impactam negativamente o setor varejista e a economia em geral.

“‘Quero pedir para ele [Gabriel Galípolo], por favor, não comunicar mais que vai ter aumento de juros, porque aí já atrapalha tudo desde o começo’”, disse Luiza. Ela também enfatizou que o varejo é o primeiro setor a sentir os efeitos das altas taxas de juros, afetando diretamente pequenas e médias empresas, que enfrentam dificuldades para sobreviver.

Varejo e Taxa de Juros: Um Cenário de Pressão


Luiza Trajano destacou a importância do varejo para a geração de empregos e o impacto das políticas monetárias sobre a atividade econômica. “‘É dele [varejo] que sai tudo. A pequena e média empresa não aguenta mais sobreviver com isso [alta dos juros], não tem condição. É o varejo que gera emprego’”, afirmou.

A empresária também pediu uma abordagem mais inovadora para o combate à inflação, sugerindo que o modelo atual não tem oferecido soluções eficazes para os problemas estruturais da economia brasileira.

Resposta do Banco Central


Embora não tenha respondido diretamente ao comentário de Luiza, Gabriel Galípolo afirmou durante o evento que o Banco Central não repetirá políticas inflacionárias ineficazes do passado. Ele reconheceu a existência de desafios econômicos estruturais que não estão diretamente ligados à política monetária atual.

“‘Concordo que existem problemas estruturais que precisam ser colocados, mas acho que dificilmente problemas antigos vão ser resolvidos com as mesmas soluções que já podem não ter dado certo no passado’”, disse Galípolo.

Pesquisa Ipec: 62% dos Brasileiros Rejeitam Reeleição de Lula em 2026
“Quem Mais Põe Fogo na Floresta é o PT”, Diz Van Hattem ao criticar Marina Silva por recordes de queimadas
EUA Enviam recado direto a juízes acusados de ativismo
O presidente do Banco Central reforçou, no entanto, que a instituição está preparada para manter os juros em um patamar elevado enquanto necessário para controlar a inflação: “‘O remédio vai funcionar’”, afirmou.

Críticas da Indústria

 

Além de Luiza Trajano, o presidente do conselho de administração da Gerdau, Guilherme Gerdau, também criticou a política de juros do Banco Central. Ele destacou que a taxa Selic elevada tem causado dificuldades no setor produtivo, impedindo investimentos em modernização e crescimento.

Gerdau ironizou a situação ao dizer que “‘o remédio está funcionando, presidente’”, referindo-se aos juros como um remédio amargo para conter a inflação. Ele relembrou as crises de 2015 e 2016, afirmando que a alta dos juros, combinada com incertezas fiscais e especulação cambial, tem sido um obstáculo persistente para a indústria brasileira.