Extensão do auxílio emergencial deve aquecer a economia de Mato Grosso do Sul
Economistas defendem que a prorrogação do benefício deve favorecer o consumo e gerar arrecadação
Publicado em: 07/07/2021 às 07h22O governo federal anunciou a prorrogação do auxílio emergencial por mais três meses. O benefício acabaria em julho e, com a prorrogação, também será pago em agosto, setembro e outubro, o que deve impactar na economia de Mato Grosso do Sul.
O auxílio emergencial será pago aos trabalhadores em três parcelas com valor médio de R$ 250, que vai variar de R$ 150 a R$ 375, conforme o perfil do beneficiário e a composição de cada família.
O economista Marcos Rezende defende que a extensão do benefício será fundamental para a economia de MS, em decorrência do atual cenário e da necessidade da população.
“Faz total sentido que uma parte da população continue a receber o benefício do auxílio emergencial, ele foi fundamental no ano passado e muitas famílias estão contando com esse suporte. Todos esperavam que a situação da pandemia melhorasse e que a vacinação acontecesse de maneira mais rápida, todas essas incertezas refletem no mercado de trabalho e na economia”, destacou o especialista.
O Ministério da Economia aponta que o benefício foi responsável por reduzir a pobreza em 23,7% no País. Mais de 15 milhões de cidadãos saíram da linha da pobreza, ou seja, tiveram renda domiciliar per capita maior que meio salário mínimo (R$ 522,50). Para possibilitar a atualização, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) editou decreto que prorrogação do pagamento do auxílio, instituído pela Medida Provisória 1.039, de 18 de março de 2021.
Para o doutor em economia, Michel Constantino, vivemos um cenário econômico de incertezas, e a prorrogação cumpre um papel essencial, visto que, milhares de pessoas têm o recurso como única alternativa de renda e o fim dele influencia diretamente na economia do Estado.
“Esses benefícios são fundamentais para trazer um alívio para o consumo, as pessoas recebem mais dinheiro e naturalmente gastam mais, com isso, elas vão para o comércio ou pagam contas, ou seja, movimentam a economia com reflexos bem positivos no comércio e no varejo. Este benefício injeta dinheiro diretamente nos mais diversos segmentos do mercado”, disse ao Correio do Estado.
O programa é a principal ou única renda de cerca de 860 mil beneficiários em Mato Grosso do Sul. Segundo a Caixa, foram R$ 3,5 bilhões disponibilizados para a população do Estado.
Com o agravamento da pandemia em todo o País, o auxílio emergencial foi criado em abril do ano passado pelo governo federal para atender pessoas vulneráveis afetadas pela pandemia de Covid-19, que ficaram sem possibilidade de gerar renda em meio à crise e a necessidade de isolamento social.
O benefício foi pago em cinco parcelas de R$ 600 ou R$ 1,2 mil para mães chefes de família monoparental e, depois, estendido até 31 de dezembro em até quatro parcelas de R$ 300 ou R$ 600 cada.