Quinta-feira, 28 de março de 2024
Com licitação suspensa, dois consórcios disputam construir ponte entre Brasil e Paraguai
Governo do Estado chegou a pedir apoio ao Itamaraty para a retomada da obra que unirá a cidade Carmelo Peralta a MS
Publicado em: 17/07/2021 às 07h43Dois consórcios compostos por empresas brasileiras e paraguaias disputam a licitação para a construção da ponte sobre o Rio Paraguai, que ligará os municípios Porto Murtinho (no Brasil) e Carmelo Peralta (no Paraguai).
Considerado o principal projeto para efetivar a Rota Bioceânica, a ponte sobre o Rio Paraguai, terá um investimento previsto de US$ 97,7 milhões e será financiado pela Usina Hidrelétrica de Itaipu, isto significa que não faltará recurso.
O consórcio Paraguai-Brasil, composto pelas empresas Tecnoedill Constructora S.A, Cidade Ltda e Paulitec Construções, propõe-se a construir a ponte pelo custo de US$ 89.787.010, deságio de 8,14% em relação ao valor orçado (U$ 97.743.517).
Enquanto o consórcio Puente Bioceánico, integrado pelas empresas Ocho AAS e a Construtora Queiroz Galvão SA apresentou a proposta de U$ 92.847.527, redução de 5,01% do valor orçado.
De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, a Rota Bioceânica é muito aguardada porque deve impulsionar o desenvolvimento dos quatro países envolvidos, sendo eles: Brasil, Paraguai, Argentina e Chile.
“É um passo importante, sinaliza com o início da construção ainda no segundo semestre e está mantida a previsão de concluir a ponte em três anos, facilitando o incremento do comércio interno e das exportações via Oceano Pacífico para a Ásia e Estados Unidos”, destacou.
Verruck acredita que na próxima semana já seja divulgado o nome do vencedor da licitação, para que os procedimentos de início das obras sejam tomados.
Calculada para suportar grande tráfego de caminhões bitrens, a estrutura terá duas pistas de rolagem de veículos de passeio e caminhões, com 12,5 m de largura, além de duas passagens nas laterais, com 2,5 m cada, para o trânsito de pedestres e ciclistas.
A ponte terá extensão de 1.300 metros, com um vão de 360 metros sobre o rio e uma altura de 22 metros e vai interligar Mato Grosso do Sul aos portos chilenos (via Paraguai e Argentina) e poderá encurtar a distância para a exportação de produtos para a Ásia e principalmente para a China.