Quinta-feira, 28 de março de 2024

Palmeiras perde na semifinal para Tigres e reafirma decadência do futebol brasileiro

Fracasso do time paulista só comprova o fato de que o Brasil, há algum tempo, deixou de ser o “país do futebol”, como era conhecido eo Bayern com dificuldade de sair da Alemanha venceu a partida

Publicado em: 08/02/2021 às 06h30


A maioria das pessoas que acompanha futebol esperava que Palmeiras e Bayern de Munique (Alemanha) protagonizassem a grande final do Mundial de Clubes da Fifa. No entanto, o time brasileiro decepcionou e perdeu a semifinal para o Tigres, do México, por 1 a 0, no domingo (07.02).

O fracasso do Palmeiras não deve ser encarado como um fato isolado, “coisas do futebol”, como dizem. É, sim, o retrato da decadência do futebol brasileiro, que não conquista um título internacional importante há alguns anos, talvez com exceção do Flamengo, campeão da Libertadores em 2019, mas que sucumbiu ao Liverpool no Mundial.

O último título de um clube brasileiro nesta competição foi do Corinthians, no longínquo 2012. Já a seleção brasileira, se formos falar em Copa do Mundo, não é campeã desde 2002, o que ratifica a ideia de que deixamos, há alguns anos, de ser “o país do futebol”.

A relação que o torcedor tinha com a seleção não existe mais. Há algumas explicações para este fenômeno. Os clubes brasileiros, mal administrados, não conseguem manter as principais revelações e vendem os jogadores jovens, rapidamente, às primeiras propostas do futebol do exterior. Com isso, o torcedor perdeu o vínculo com sua seleção

Além disso, o fato de os principais jogadores brasileiros atuarem no futebol internacional, fragiliza os clubes, o que se reflete na falta de conquistas.

No caso do Palmeiras, há um agravante, que talvez tenha contribuído para a derrota deste domingo: um dia antes de enfrentar o Tigres, dois jogadores do time conversaram, pelo celular, com Jair Bolsonaro, que se diz palmeirense.

Felipe Melo, antigo apoiador do presidente, foi um dos jogadores. O outro foi Breno Lopes, autor do gol contra o Santos, que deu o título da Libertadores ao Palmeiras.

No mesmo dia, Bolsonaro foi às redes sociais e postou: “Na próxima quinta-feira seremos bi mundiais”, se referindo ao dia da final. Que o palmeirense me perdoe, mas é bem provável que o pé frio do presidente tenha influenciado o resultado do jogo.

Saga do Bayern

Ainda que o avião não tivesse conseguido decolar, do aeroporto de Brandenburgo, devido a uma forte nevasca, pois foinecessário lavar o avião com um líquido especia para poder decolar com a nevasca. Além disso, o aeroporto ficou fechado, até 6h00, quando foi autorizada a decolagem. Para completar os jogadores ficaram a bordo, e antes de sair, houve a necessidade de o avião, trocar toda a tripulação.

O avião conseguiu deixar a Alemanha somente ás 9h35 de sexta-feira, para chegar a Doha (Qatar), para dispultar a semifinal com o Palmeiras. Se não pelo futebol, mas pelas dificuldades enfrentadas, o Bayen, mereceu a vitória.

Os integrantes do time de futebol do Bayern de Munique, que, assim como os do Palmeiras, disputarão nos próximos dias o Mundial de Clubes no Catar, passaram a noite em solo dentro do avião que os levaria da Alemanha para o país do Oriente Médio nesta virada de sexta-feira (05.02) para sábado (06.02).

Segundo reporta a mídia alemã, o Bayern embarcou no Airbus A350-1000 da Qatar Airways no Aeroporto Brandenburg, em Berlim, nas últimas horas da sexta-feira, mas o avião foi impedido de decolar após ter ultrapassado o horário limite de funcionamento do aeroporto, que fecha à meia-noite.

O time de futebol chegou a conseguir adiantar o horário de seu último jogo em Berlim na noite da sexta, para que houvesse mais tempo para chegar ao aeroporto, porém, devido às condições meteorológicas adversas, o A350-1000 ficou coberto de neve e precisou passar pelo processo de aplicação de fluido para de-gelo, ficando pronto para decolagem apenas às 23h59.

Nas horas subsequentes, todos os integrantes do Bayern permaneceram dentro da aeronave enquanto a diretoria solicitava uma liberação excepcional de decolagem, porém, as autoridades do aeroporto não permitiram a exceção.

Por fim, somente às 6:52 da manhã do sábado, já com o aeroporto de voltou à ativa, o A350 de matrícula A7-ANB foi capaz de partir, porém, ainda havia outro empecilho ao voo.

Com o atraso de mais de 6 horas na partida de Berlim, a tripulação atingiu seu limite de jornada de voo, precisando fazer uma parada em Munique para troca dos profissionais.