Candidatura de Henrique Meirelles (MDB) é questionada por Alckmin
Publicado em: 31/08/2018 às 08h52Casado(a), Engenheiro, nascido em 31/08/1945 em Anápolis-GO, candidato a Presidente do Brasil pelo MDB - Movimento Democrático Brasileiro
Presidente do Banco Central nos oito anos de governo Lula e ministro da Fazenda desde a posse de Michel Temer, Henrique Meirelles espera se credenciar como responsável pela recuperação da economia. Na época da eleição, o país deve ter PIB em alta, inflação relativamente controlada e taxa básica de juros em níveis historicamente baixos. Mas o desemprego, embora diminuindo, ainda estará elevado, com perto de 10 milhões de pessoas sem ocupação, o que pode enfraquecer o discurso de Meirelles. Admitindo-se “presidenciável”, ele tenta ganhar visibilidade: aproximou-se dos evangélicos e contratou uma equipe para filmar seus compromissos públicos.
Mas carregará o peso de tentar implementar medidas amargas como a reforma da Previdência. Bem visto no mercado financeiro, Meirelles não é exatamente popular entre o eleitorado. Parte de um patamar baixo nas pesquisas de intenção de voto (2%) e espera chegar a 5% até março, quando terá de deixar o cargo se decidir concorrer à Presidência.
Propostas para a ECONOMIA
- Terá como meta fazer o país voltar a crescer 4% ao ano ou mais.
- Facilitar a inserção dos jovens no mercado de trabalho, expandindo a oferta de vagas no ensino técnico e incentivando o primeiro emprego, seja na forma de estágio ou de experiência técnica.
- Incentivar a redução da diferença salarial entre homens e mulheres, respaldado pela nova lei do trabalho aprovada em 2017.
- Trabalhará para que orçamento federal seja mais transparente e impositivo, um formato que poderá fazer da discussão em torno de receitas e despesas do Governo Federal, pelo Congresso, um dos pontos mais importantes da atividade parlamentar, como nas democracias maduras.
- Terminar as obras públicas paralisadas e priorizar a retomada das obras que mais trazem benefícios à sociedade.
- Planejar melhor a expansão da infraestrutura no país, evitando erros e desperdícios tão comuns no passado.
- Simplificar o processo de concessões, possibilitando uma desconcentração dos investimentos, tanto em termos regionais como de tamanho.
- No caso das concessões plenas, reequilibrar o risco do empreendimento entre poder concedente e concessionário, evitando os extremos, atraindo, dessa forma, um universo maior de investidores com maior segurança jurídica.
- Acelerar o processo de privatização, nas áreas em que isso for necessário, garantindo que os recursos públicos não escoem pelo ralo dos prejuízos das empresas que hoje dependem do Tesouro Nacional.
- Vai estabelecer um sistema aberto e interativo de planejamento, com a criação de “mesas de diálogo público-privado”, sob escrutínio da população e dos órgãos de controle.
- Financiamento, inovação, expansão dos projetos de pequenos irrigantes e melhoria da infraestrutura serão prioridades para que os agricultores sigam ampliando a produtividade. Outras medidas de apoio estão previstas, como o reforço da segurança no campo e a expansão da telefonia celular, graças ao satélite geoestacionário do Brasil.
- Promover o saneamento e a recuperação financeira dos hospitais filantrópicos e das Santas Casas.