'Povo armado jamais será escravizado' disse o presidente Jair Bolsonaro
“Povo armado jamais será escravizado. Comprem suas armas. Isso também está na Bíblia, lá no ‘Pedrão’. ‘Vendam suas capas e comprem espadas"
Publicado em: 11/08/2022 às 07h29“Povo armado jamais será escravizado. Comprem suas armas. Isso também está na Bíblia, lá no ‘Pedrão’. ‘Vendam suas capas e comprem espadas", de JAIR BOLSONARO em encontro de Agronegócios em Brasília-DF.
Parte do entorno de Jair Bolsonaro tem tachado Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato ao governo de São Paulo, de “traidor”, por se apresentar como sucessor do bolsonarismo na corrida ao Planalto em 2026.
Mais ainda: de outro lado, Bolsonaro quer dar atenção a Tarcísio: a presença dele no segundo turno seria vital para garantir a vitória do presidente, que está assustado com a ascensão de Rodrigo Garcia em algumas pesquisas.
In – Home bar com frigobar
Out – Home bar com cristaleira
Herança
Herança do governo de Dilma Rousseff reaparece como forma de briga internacional. A italiana Italplan Enginnering vai recorrer a uma Câmara de Arbitragem para cobrar do governo brasileiro uma dívida de 260 milhões de euros por conta do trabalho de consultoria para o projeto do trem-bala (obsessão de Dilma) entre Rio e São Paulo.
Antevendo próximos capítulos da batalha, o governo lançou o contencioso na recente edição do Anexo de Riscos Fiscais LDO, de abril, como um a perda potencial de R$ 2,4 bilhões.
Aberta
A ex-ministra Marina Silva (Rede), que rejeitou ser vice de Ciro Gomes (PDT) e de Fernando Haddad (PT) candidato ao governo de São Paulo (ela disputará uma cadeira na Câmara Federal) deverá apoiar o candidato petista ao governo paulista. Sobre a possibilidade de apoiar a candidatura de Lula, com quem está estremecida há uma década, garante que está aberta ao diálogo. Só que não vai procurá-lo. A reaproximação deve correr por conta dele.
Divisão
Há uma divisão entre ex-cônjuges nessa fase eleitoral dos programas dos candidatos. A economista Elena Landau, ex-Pérsio Árida, é quem cuida do programa da candidata Simone Tebet e será sua ministra da Economia, se Tebet vencer as eleições.
Já o economista Pérsio tem colaborado com grupo do PT responsável pelo plano econômico do partido. Será ministro da Fazenda (Lula quer ressuscitar o Ministério do Planejamento separado da Fazenda) num eventual governo petista.
Clima Tenso
Por insistência de aliados próximo, incluindo gente do governo, que insistiram numa aproximação de Jair Bolsonaro aos banqueiros (especialmente depois de chamá-los de “mamíferos”), é que Bolsonaro concordou em se reunir com representantes de grandes instituições financeiras.
Aí, seus interlocutores entraram em contato com a Febraban e marcaram um almoço. Detalhe: o clima foi tenso o tempo todo, na opinião da maioria dos banqueiros.
Sem radicalismo
Na reunião com empresários na Fiesp, esta semana, o candidato e ex-presidente Lula poupou eventuais radicalismo e exageros.
O resultado foi generoso para o petista, que estava acompanhado de Aloízio Mercadante, Luciano Coutinho, Fernando Haddad e outros chegados, que ganharam citação na fala de Lula. e quem também formou entre citados foi André Lara Rezende. Alguns presentes acharam que, se Lula vence, Lara tem lugar no ministério.
Até Janja de colete
O ex-presidente Lula, candidato ao Planalto e em primeiro lugar nas pesquisas, está sendo ameaçado até de morte por mensagens nas redes sociais e mesmo em telefonemas a celulares de aliados que trabalham no núcleo principal da campanha. A Polícia Federal, que cuida da segurança do petista, está tomando mais providência com o pessoal da PM e da polícia Civil nas cidades que serão percorridas por Lula pedindo reforço.
Rosângela (Janja) da Silva, mulher de Lula, também estaria recebendo ameaças e em lugares públicos e deverá também usar colete (o que exige roupas mais folgadas). Ela sempre aparece ao lado do marido em suas circuladas nacionais. Esta semana, Janja rebateu críticas de Michelle Bolsonaro: ela publicou vídeo antigo onde Lula aparece numa cerimônia de umbanda.
Radical
Quem melhor conhece Michelle Bolsonaro no cotidiano e acompanha as falas da primeira-dama, acha que ela, quando aborda religião, acaba prejudicando a candidatura do marido. Michelle é evangélica e frequenta a Igreja Batista Atitude, na Barra da Tijuca, embora também tenha um discurso neopentecostal.
Quando postou vídeo de Lula numa cerimônia de religião de matriz africana, disse que “era coisa do demônio”. Não admite santos da Igreja Católica e suas frases, mesmo na vida pessoal, são sempre recheadas de expressão como “Senhor” e “Aleluia”. Seus discursos (poucos) para mulheres são feitos sob ótica evangélica.
Quem completou
O processo no TCU que culminou com a condenação de Deltan Dallagnol e Rodrigo Janot é resultado da representação do PT. Quem completou o trabalho, contudo, foi o MDB de Renan Calheiros, senador que é padrinho do ministro do TCU Bruno Dantas, relator do caso.
Na internet, há fotos de jantar oferecido a Lula, em dezembro passado, num restaurante de São Paulo, onde Dantas aparece sentado à mesa, com Renan atrás, de pé com uma das mãos em seu ombro.
SOBRECARREGADAS
A Telecom Itália prepara sua saída do Brasil e tomando-se como base seu valor em bolsa, a TIM Brasil é uma empresa da ordem de R$ 30 bilhões. Hoje, a venda da companhia não é um negócio simples.
Claro e Vivo, candidatas naturais à aquisição, estão sobre carregadas pela compra conjunta da Oi e pelos pesados investimentos feitos na implantação do 5G no Brasil. A empresa de Carlos Slim está desembolsando só neste ano R$ 11 bilhões no país; no caso do grupo espanhol, a cifra alcança R$ 9 bilhões.
Mistura fina da política
O CANDIDATO ao Planalto Ciro Gomes (PDT) aparece nas páginas do Financial Times, esta semana, atacando Lula e Jair Bolsonaro, seus dois principais rivais na corrida presidencial. Quanto ao ex-presidente, Ciro o comparou aos ditadores latino-americanos Nicolás Maduro, da Venezuela e Daniel Ortega, da Nicarágua. Do lado de cá, estima-se que quase metade do pessoal do PDT em todo país deverão votar em Lula em outubro.
DO grupo de pré-candidatos condenados que podem ser declarados inelegíveis pelo TSE, o que mais chama a atenção é Roberto Jefferson. Está preso e foi lançado na linha de auxiliar de Bolsonaro. Jefferson diz que “a esquerda se apresenta como um polvo” por ter múltiplas candidatura – e o risco é grande. Ledo engano: o PT quer mesmo é reduzir candidaturas para tentar levar no primeiro turno.
DEPOIS de Bolsonaro, a Febraban tomou gosto por almoços com presidenciáveis e o próximo a ser convidado é Luis Inácio Lula da Silva (PT). Em seus dois governos, à propósito, os bancos não tiveram do que reclamar: foram tempos áureos. Depois, virão Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT). As datas ainda não estão fechadas, mas deverão acontecer todas ainda neste mês.
NA Polícia Federal, o comentário é que o superintendente da corporação do Rio, Ivo Roberto Costa e Silva, está por um fio no cargo. O comando da instituição no Rio, latifúndio da família Bolsonaro, tornou-se uma máquina de moer delegados. Silva, há apenas quatro meses no cargo, é o quarto superintendente em pouco mais de três anos e meio do mandato de Jair Bolsonaro.
RIFADO por seu partido, o PROS, que desistiu de candidatura própria (e que deverá apoiar o ex-presidente Lula) Pablo Marçal em entrevista ao Papo Antagonista, garantiu que não irá apoiar o petista. “Você não vai me ver por nada nessa Terra apoiando um criminoso como o Lula”. E garante que se precisar irá à ONU para ter o direito de concorrer ao Planalto (ele aparece com 1% das intenções de votos nas pesquisas). “Será uma vergonha internacional para o Brasil esse ataque contra a democracia”.
A GLENCORE multinacional anglo-suíça, estaria em conversações com a Petrobras para a compra da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul. A estatal pede US$ 1,5 bilhão pelo ativo. Para a Glencore, a aquisição da Refap significaria uma verticalização de seus negócios no Brasil. Ela já atua na revenda de combustíveis, por meio da rede de postos Ale.