Reação rápida do líder do governo suspendeu promoções oportunistas na AGU
Bolsonaro mandou suspender promoções assim que soube da proposta legislativa de Ricardo Barros para anular esperteza
Publicado em: 25/09/2020 às 07h20O presidente Jair Bolsonaro deu ordens para que a Advocacia Geral da União (AGU) suspendesse imediatamente a promoção em massa de 607 procuradores quando soube que o próprio Líder do Governo, deputado Ricardo Barros (PP-PR), inconformado, havia protocolado projeto de decreto legislativo anulando a iniciativa oportunista. Mais cedo, o deputado havia afirmado que “haveria reações” à promoção em massa.
Essa promoção de 92% do efetivo da AGU foi interpretada como uma tentativa de burlar a reforma administrativa do próprio governo. A suspeita é que a AGU tentava “proteger” a corporação da reforma administrativa, que só prevê promoções por mérito.
Promoções indiscriminadas, sem mérito, somente por tempo de serviço, como a que o corporativismo da AGU tentou emplacar, ignorando o merecimento, se a reforma for aprovada, serão coisa do passado. A tentativa malandra deve gerar a revisão de privilégios na AGU como R$7 mil acrescidos aos salários a título de “honorários de sucumbência”.
“Honorários de sucumbência” são uma espécie de “comissão” para servidores da AGU fazerem o trabalho pelo qual todos já são regiamente remunerados.
A Advocacia-Geral da União (AGU) decidiu suspender, a promoção em massa que levou 606 procuradores federais do órgão ao topo da carreira – com salários de R$ 27,3 mil. A decisão é do procurador-geral Federal, Leonardo Lima Fernandes.
Na última sexta-feira, 18, uma portaria da AGU promoveu 607 servidores, dos quais 606 passaram a integrar o topo da carreira da procuradoria federal – a informação foi revelada pelo site Poder360. A medida, segundo a advocacia-geral, seguiu os critérios de antiguidade e merecimento.
A decisão ocorreu algumas horas após o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União pedir que se suspendesse as promoções.