Mulher que zombou do isolamento na pandemia, perde o marido devido a doença
Após a morte, a comerciante paraibana, que se arrependeu da chacota, gravou vídeo pedindo para que as pessoas fiquem em casa
Publicado em: 08/05/2020 às 07h34Uma moradora da Paraíba que defendia a abertura do comércio e chegou a zombar da campanha "Fique em casa" gravou um vídeo pedindo desculpas após a morte do marido em decorrência da covid-19.
Silvana Cunha perdeu o marido, o sargento reformado da Polícia Militar Marco Cirino da Cunha, tinha 57 anos, na quinta-feira passada (30.04), em Santa Rita, na Grande João Pessoa. Após a morte do companheiro, ela publicou um vídeo nas redes sociais, mudando de posição e defendendo o isolamento social.
"Há 15 dias, eu escutava essa palavra 'fique em casa' e até cheguei a zombar da atenção que devia ser dada. Cheguei na loja, fiz um vídeo dizendo 'fique em casa, mas quem vai pagar nossas contas no final do mês?'. Hoje eu digo: fique em casa, literalmente", diz a comerciante extremamente arrependida de não ter feito o isolamento devido.
A viúva de um sargento da Polícia Militar morto na semana passada em decorrência da Covid-19, infecção causada pelo novo coronavírus, gravou um vídeo em que relata, arrependida, ter zombado das recomendações de isolamento social feitas por autoridades sanitárias. Silvana Cunha confessa que nem ela, nem o marido respeitaram a quarentena domiciliar. “Eu não fiquei em casa, meu marido não ficou e, infelizmente, faleceu”, lamenta.
Ainda no vídeo, compartilhado em redes sociais, Silvana conta que chegou se preocupar mais com a economia, do que com a crise na saúde pública. Segundo apurou a TV Correio, o marido de Silvana morreu no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa Rita, na Grande João Pessoa. O sargento tinha 57 anos de idade e 30 anos de serviço à Polícia Militar.
'Fiquem em casa' Foi a fala principal da paraibana após a morte do marido, Silvana e o filho fizeram testes para a doença e ambos deram resultado negativo.